Nas últimas décadas, a inovação tecnológica em matéria de proteção contra o raio revolucionou o setor. Hoje em dia oferecemos sistemas de proteção contra o raio muito sofisticados, desenhados para aumentar a zona de proteção.
Antes de passarmos a uma explicação sobre os para-raios de alta tecnologia, fazemos um pequeno resumo sobre o funcionamento dos para-raios e a sua origem.
O que é um para-raios e como funciona?
Um para-raios é um sistema de captação de raios, utilizado para proteger pessoas, edifícios e instalações do impacto de um raio quando se produz uma tempestade elétrica.
Os para-raios funcionam captando o raio para impedir que impacte em qualquer objeto dentro da área de proteção. Estes elementos do sistema de proteção externa contra o raio são formados por um objeto metálico, geralmente de forma pontiaguda, ligado a um sistema de baixadas e redes de terra, que conduzem a corrente de maneira segura e a dissipam.
Para-raios Franklin: origens do para-raios
O primeiro para-raios da história foi inventado em 1749 por Benjamin Franklin nos Estados Unidos, sendo designado de ponta ou para-raios Franklin em sua honra.
O para-raios Franklin é um sistema baseado numa ponta metálica ligada a uma rede de terra. Atualmente este sistema continua a ser utilizado sozinho ou como parte de um sistema de pontas e malhas.
Tipos de para-raios
Em condições normais, na atmosfera existe um equilíbrio entre as cargas positivas e negativas. Porém, durante uma tempestade elétrica, a parte baixa das nuvens carrega-se negativamente e induz uma carga positiva na terra e nos elementos situados sobre ela.
A partir de um certo nível de campo elétrico, o ar deixa de ser isolante e as nuvens descarregam sobre a terra com um arco elétrico a que chamamos raio. O objeto que forma o traçador ascendente será aquele que receberá o impacto do raio. Toda a carga da nuvem procurará o caminho mais direto até à terra, caminho que, se não estiver controlado, pode causar danos graves.
Existem dois tipos de sistemas de proteção contra o raio, classificados segundo o seu modo de funcionamento:
- Sistemas passivos de proteção contra o raio: utilizam-se para-raios Franklin e condutores situados em possíveis pontos de impacto do raio.
- Sistemas ativos de proteção contra o raio: utilizam para-raios com dispositivo de ionização que emitem um traçador ascendente para antecipar a qualquer outro objeto dentro da sua área de proteção, convertendo-se assim no ponto controlado de impacto de raio.
Em ambos os casos, uma vez intercetado o raio, são necessários condutores de baixada e rede de terras para evitar danos devido à corrente do raio. No caso dos para-raios com dispositivo de ionização, ao ter um ponto de impacto controlado, o resto do sistema externo pode ser mais simples.
Para-raios com dispositivo de ionização (PDI): DAT CONTROLER® REMOTE
O para-raios com dispositivo de ionização constitui uma grande inovação tecnológica na proteção contra o raio. O seu funcionamento é baseado nas características elétricas da formação do raio, aproveitando os conhecimentos existentes sobre a física do raio, para alcançar uma área de cobertura maior.
DAT CONTROLER® REMOTE
O DAT CONTROLER® REMOTE é a última contribuição de Aplicaciones Tecnológicas à proteção contra o raio. Além de todas as vantagens dos para-raios DAT CONTROLER® PLUS, O DAT CONTROLER® REMOTE oferece a possibilidade de verificar o estado do para-raios em qualquer momento e a partir de qualquer local. Esta inovação permite, não apenas monitorizar o elemento de captação, como também poupar tempo e custos de manutenção da instalação.
Instalação de um para-raios com dispositivo de ionização
O para-raios com dispositivo de ionização (PDI) deve ser instalado pelo menos 2 metros acima de qualquer outro elemento dentro do seu raio de proteção. Para a fixação do dispositivo usa-se um mastro e fixadores.
No caso do DAT CONTROLER® REMOTE que dispõe de teste remoto alimentado por placas solares, recomenda-se instalá-lo num lugar onde se evitem as sombras e orientá-lo para o máximo de exposição solar.
O PDI como acontece com todos os sistemas de proteção contra o raio, deve ir acompanhado de uma instalação de baixada e um sistema de rede de terras. Esta tecnologia de para-raios ativos, pode ser combinada com outros sistemas de proteção, como as pontas e malhas. Desta forma consegue-se a melhor garantia de captação do raio juntamente com mais segurança nos caminhos de baixada e terra.
É conveniente instalar na baixada do para-raios um contador de raios, já que a norma indica que se deve realizar uma inspeção do sistema de proteção quando este recebe uma descarga. ATLOGGER é um equipamento que monitoriza a atividade elétrica na baixada, registando a amplitude e polaridade de corrente, assim como a data e hora em que o evento teve lugar. Realiza ainda uma estimativa da carga e da energia especifica do impulso.
Normas reguladoras na proteção contra o raio
Cada um dos tipos de sistemas de proteção contra o raio deve cumprir a sua norma especifica:
- Os sistemas passivos ou com para-raios Franklin devem ser instalados segundo a norma IEC 62305: «Proteção contra o raio».
- Os sistemas ativos com para-raios com dispositivo de ionização devem instalar-se segundo a norma UNE21186 «Proteção de estruturas, edifícios e zonas abertas mediante para-raios com dispositivo de ionização» ou equivalentes (NF C 17102, NP 4426, …).
Além da instalação, nestas normas também constam os ensaios aos quais se devem submeter os para-raios para determinar os parâmetros que os caracteriza: o seu tempo de avanço.
Em ambos os casos, os condutores e outros elementos do sistema de proteção contra o raio devem cumprir os requisitos da série de normas IEC 62561 «Requisitos para os componentes dos sistemas de proteção contra o raio».
Antes de comprar um para-raios, planifique o seu projeto com o software CDRISK que permite calcular o risco de uma estrutura de acordo com as normas vigentes, ou consulte-nos para que os nossos especialistas possam aconselhá-lo.