SPCR nos postos de controlo ambiental - AT3w
Os postos de vigilância ambiental são essenciais para a proteção da biodiversidade, pelo que devem ser protegidos contra os raios.

Segurança contra trovoadas nos postos de controlo ambiental

Os postos de vigilância ambiental são instalações essenciais para a proteção dos recursos naturais de grande valor ecológico. Pelas suas características e por estarem situados em altura e em zonas abertas, são particularmente sensíveis aos efeitos de uma tempestade elétrica, que pode pôr em perigo tanto as infraestruturas como a segurança dos trabalhadores.

Os postos de vigilância ambiental são instalações utilizadas para a observação e controle dos recursos naturais e da biodiversidade. Estes postos estão situados em locais estratégicos, como montanhas ou colinas, de onde se pode ter uma visão panorâmica da área a vigiar. Os trabalhadores destes postos têm a missão de detetar qualquer atividade humana que possa pôr em perigo o ambiente e a biodiversidade, como a caça furtiva ou o abate ilegal de árvores.

Os postos de vigilância ambiental são muito importantes para a proteção do ambiente contra o risco de incêndios florestais, uma vez que são os seus trabalhadores que devem atuar em primeira instância quando um incêndio se inicia na zona vigiada. Os incêndios, tanto os provocados por fogo posto como os causados por fenómenos naturais como relâmpagos, são responsáveis pela destruição de grandes povoamentos florestais e causam grandes prejuízos, sobretudo nos meses de verão.

Pelas características das instalações (zonas altas e áreas ao ar livre), os trabalhadores destes locais estão expostos aos perigos das tempestades elétricas, que podem causar grandes perdas materiais e pessoais. Por este motivo, para além de o trabalhador ter noções básicas de segurança, o posto deve ter uma proteção adequada para minimizar os riscos para a integridade física e para as instalações, adaptada às particularidades do terreno.

Postos de monitorização ambiental: conselhos de segurança perante trovoadas

Em caso de trovoada ou de risco de trovoada, a primeira regra de segurança é desligar os aparelhos elétricos. Nos postos de controlo ambiental:

  • Desligar o rádio para que a antena não atraia faíscas.
  • Desligar as baterias para evitar que sejam afetadas e causem danos em caso de picos de energia.
  • Desligar o cabo coaxial que liga a antena ao rádio, para que este não seja danificado em caso de faísca
  • Com a tempestade em terra, o importante é manter todas os acessos (janelas e portas) fechados e esperar que passe.

Os pontos de ligação à terra nos postos de vigia consistem normalmente em 100 m de cabo enterrado, pelo que cobrem uma grande área à volta do posto de vigia, pelo que estar perto dele quando cai um raio pode ser um risco grave. No interior do posto não existe esse risco, mas podem ocorrer tonturas e vertigens aquando da queda de um raio. Isto deve-se a uma pequena parte da onda que pode ser transmitida para o interior do posto, o que pode ser evitado com a utilização de um tapete isolante.

Soluções de segurança para proteção contra trovoadas na estação de vigilância ambiental

Para além de seguir os conselhos básicos de segurança durante uma trovoada, a estação de monitorização ambiental deve dispor de sistemas de proteção adequados ao ambiente. Estes sistemas vão desde a proteção preventiva, capaz de emitir avisos em caso de formação ou aproximação de uma trovoada; uma proteção externa para captar as descargas (para-raios) e sistemas de proteção contra sobretensões para minimizar os danos nos componentes elétricos e a possibilidade de faíscas capazes de provocar um incêndio.

É importante que os vigilantes participem na manutenção do para-raios para garantir as melhores condições de proteção, pois são eles que estão permanentemente no local e são eles que vão receber essa proteção.

Os guardas devem comunicar imediatamente quaisquer danos ou anomalias, tais como:

  • Cabeça ou mastro dobrado, danificado ou roubado.
  • Cabo condutor de descida cortado ou roubado.
  • Cabo de terra desenterrado ou cortado.

No âmbito destas tarefas, deve ter-se em conta que:

  • A ponta do para-raios deve estar 2 metros acima de qualquer outro objeto (antenas, etc.).
  • As antenas devem ser ligadas ao condutor de baixada do para-raios. Com proteção, cabo ou através do guarda-corpo/estrutura.

As abraçadeiras da baixada não devem ser isoladas, para que não saltem faíscas entre a baixada e a estrutura.

A caixa de visita deve estar localizada e coberta com algo, como uma pedra, para evitar que se torne um ninho para qualquer animal.

O cabo de ligação à terra deve ser enterrado, embora isso possa ser difícil em zonas de rocha pura. Por isso, é aconselhável cobri-lo com pedras para evitar que as faíscas se produzam e incendeiem as ervas próximas. É também importante ter cuidado com o local onde o cabo é enterrado, caso um animal o desenterre, pois pode cortá-lo e provocar uma faísca nessa zona.

Proteção preventiva

ATSTORM® é o sistema inteligente de alerta prévio de trovoada, concebido para ativar e desativar ações preventivas temporárias que minimizem os riscos derivados de uma possível trovoada. O sistema de deteção de trovoadas ATSTORM® é uma solução apoiada por tecnologias IoT, baseada na avaliação das condições da área a proteger e em múltiplos dados que suportam os algoritmos especializados.

ATSTORM® utiliza tecnologia de deteção dupla para fornecer avisos de paragem fiáveis e objetivos. Os sensores medem o campo eletrostático local para fornecer um alerta prévio da formação de trovoadas na área. Inclui também sensores de campo eletromagnético, que aumentam a área de deteção de trovoadas ativas que se aproximam.

Os dados recolhidos são enviados através da nuvem onde algoritmos especializados identificam com exatidão e precisão as condições para a formação ou aproximação de uma tempestade na área. A informação processada é enviada ao utilizador, sob a forma de alertas, oferecendo tempo suficiente de antecedência para iniciar ações preventivas.

Com este sistema, os funcionários responsáveleis pelo posto podem tomar as medidas adequadas para se protegerem, em conformidade com os conselhos acima referidos.

Proteção externo

O para-raios inteligente DAT CONTROLER® REMOTE é um dispositivo com autodiagnóstico da ponta e comunicação via IoT (Internet das Coisas) do resultado, para supervisionar remotamente o correto funcionamento do equipamento. O DAT CONTROLER® REMOTE permite a auto verificação diária do estado do para-raios, sem necessidade de o desmontar ou de utilizar equipamento auxiliar de elevação.

O resultado do seu teste autónomo é enviado via comunicação M2M para um dispositivo recetor (telemóvel, tablet, computador). Esta informação pode ser consultada num portal web dedicado, juntamente com outras notificações personalizadas, facilitando assim uma manutenção preventiva correta e reduzindo os custos associados a uma reparação tardia de qualquer componente.

Cada impacto recebido por um para-raios e o seu efeito sobre os SPCR, desde a interceção até à ligação à terra da corrente, é diferente. Por conseguinte, é essencial conhecer informações detalhadas sobre cada descarga, a fim de antecipar inspeções e efetuar reparações críticas para garantir que continuará a funcionar de forma eficiente.

SMART LIGHTNING LOGGER monitoriza continuamente a atividade elétrica nas baixadas dos SPCR em que está instalado. Quando ocorre uma descarga, o dispositivo recolhe todas as informações.

Todos estes dados são enviados para a nuvem AT-CLOUD, onde algoritmos especializados os processam para fornecer alertas em tempo real através da plataforma CONNECT. Isto permite determinar a urgência e agendar uma reparação antecipada em caso de sinistro.

Para saber mais sobre as nossas soluções para melhorar a segurança durante tempestades elétricas, contacte-nos através deste link.

Também pode assistir a qualquer uma das nossas formações online gratuitas sobre proteção contra raios, disponíveis todos os meses na nossa página de webinars

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