Prevenção de riscos laborais no setor eólico

Prevenção de riscos laborais no setor eólico

O setor eólico e as influências meteorológicas são uma combinação extremamente perigosa. Quando uma tempestade elétrica se aproxima ou se forma perto de um parque eólico, a principal prioridade para os técnicos de prevenção de riscos laborais será, sem dúvida, a segurança dos trabalhadores.

Os operários que se encontram a trabalhar numa turbina elétrica necessitam de ser avisados com tempo suficiente para descer dos aerogeradores e procurar uma zona de refúgio. Para que este processo aconteça de forma escalonada e sem riscos, as medidas preventivas adotadas pelos técnicos deverão realizar-se com bastante antecedência.

Não se deixe enganar pela ilusão de que a localização geográfica onde se localiza o parque eólico pode torná-lo mais ou menos suscetível de viver este tipo de fenómenos. Na realidade a localização não é relevante, vão existir sempre influências climáticas e evitá-las é impossível.

A cada segundo coexistem simultaneamente umas 2000 tempestades e, cerca de 100 raios caem sobre a terra. Estimam-se cerca de 4000 tempestades diárias e 9 milhões de descargas atmosféricas em apenas 24h. Esta enorme proporção de raios chega a provocar mais de 20000 mortos e 240000 lesões anuais, segundo o NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Estes dados são realmente alarmantes e deveriam ser tidos em consideração na hora de realizar planos preventivos para evitar ou minimizar possíveis danos.

Turbinas eólicas e impactos de raio

O setor eólico, pelas suas características e localização, é um dos mais propensos a sofrer descargas de raios: os seus operários trabalham em espaços abertos, isolados e por vezes em zonas montanhosas ou offshore. Estas características supõem tempos de evacuação de pessoal significativamente mais elevados que em outros setores.

Os aerogeradores, regra geral, estão localizados em pontos elevados e são mais altos que os elementos que o rodeiam, pelo que acabam por ser um ponto de descarga de raios ideal.

O impacto direto de um raio numa pessoa pode provocar graves lesões, incluso a morte. Os trabalhadores de uma turbina eólica que se encontram suspensos a grande altura para reparar ou fazer manutenção destes equipamentos, podem ser afetados por um impacto direto ou indireto de um raio.

No setor eólico a proteção convencional contra descargas diretas do raio não é garantia para evitar certos danos, especialmente nas palas, e muito menos garantir a segurança dos operários. Aplicaciones Tecnológicas desenvolveu um sistema local especialista no alerta prévio de trovoadas, capaz de identificar tanto a formação como a aproximação de trovoadas elétricas, fornecendo com dezenas de minutos de antecipação os alertas necessários para iniciar ações preventivas que minimizem os riscos.

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Medidas de prevenção perante a queda de um raio.

A deteção local de trovoadas permite prevenir os riscos laborais derivados da queda de raios. O guia de aplicação para determinar a necessidade de um sistema de deteção, assim como os tipos existentes, estão descritos na norma UNE-EN IEC 62793.

Segundo esta norma, apenas os detetores denominados de “classe A” são eficazes para detetar a fase de formação das trovoadas elétricas já que avaliam as condições prévias necessárias para a descarga de raios, ou seja, os fenómenos associados à eletrificação da nuvem. Esta classe de detetores é também a única capaz de detetar a fase final, ou de dissipação, da trovoada.

O sistema ATSTORM®, sistema especialista local de alerta prévia para a prevenção de riscos de trovoadas elétricas, de Aplicaciones Tecnológicas, e capaz de detetar todas as fases da trovoada em tempo real, pertence à categoria de detetores de “classe A” e, por isso, é o sistema adequado para a prevenção de riscos laborais por impacto de raio num setor tão afetado por este fenómeno como o setor eólico.

Principais vantagens do sistema ATSTORM®

  • Dupla tecnologia para uma deteção mais precisa:

A monitorização do campo eletrostático permite detetar a formação de tempestades sobre o objeto com dezenas de minutos de antecedência, tal como a sua dissipação. A avaliação do risco local permite otimizar os tempos de paragem, evitando que ações preventivas de duração excessiva incorram em perdas económicas.

A monitorização do campo eletromagnético possibilita a deteção de tempestades elétricas ativas com uma aproximação de um raio de 40 km de distância.

  • Tecnologia totalmente eletrónica e sem partes mecânicas móveis: conseguem assim evitar-se obstruções, desgastes, avarias e manutenções.
  • Monitorização ininterrupta: graças ao sistema de comunicação Global M2M (no marco de tecnologias IoT) e ao contínuo envio de dados através de sistemas de tecnologia 2G/3G, consegue-se garantir a correta recolha de informação e supervisão permanente por um equipamento altamente qualificado.
  • Infraestrutura IT protegida: os dispositivos, os servidores centrais e os dispositivos de alarme estão dentro de uma rede privada (VPN) de tal forma que não são visíveis via internet, assegurando a privacidade e a segurança total nas comunicações. Além disto, os servidores encontram-se em locais redundantes para assegurar o correto funcionamento do sistema.
  • Sistema especialista: melhoria contínua dos seus algoritmos, aumentando a sua adaptação às características de localização e em consequência os rendimentos dos alarmes.
  • Sistema de alerta e gestão flexíveis: dispõe de uma App com alertas push em dispositivos móveis para um controle instantâneo de risco por queda de raio nas suas instalações.

Através de um portal web privado o utilizador pode visualizar o estado de risco em que se encontram as suas instalações e obter os históricos para futuras análises.

Dispõe também de um sistema de emails e um sistema de automatização mediante módulos de relés remotos que possibilita a ativação/desativação dos sistemas de alarmes, sirenes, sinalizações, etc. Dota assim de uma flexibilidade total a gestão dos avisos em tempo real.

  • Sistema de alimentação autónomo: as estações de medida contam com placas solares para sua total autonomia, além de baterias integradas e fornecimento adicional de AC que atua como sistema de backup assegurando assim uma operação contínua.

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Exemplo de possíveis ações preventivas

Não é possível evitar tempestades, mas sim colocar em marchas as ações temporais necessárias que permitam minimizar riscos para os trabalhadores. Alguns exemplos de ações que estrariam dentro de um plano preventivo perante uma tempestade elétrica poderiam ser:

  • Comunicação aos coordenadores de segurança
  • Suspender atividades de manutenção para salvaguardar a vida dos operários
  • Passar os trabalhos para refúgios seguros

As descargas atmosféricas em parques eólicos são um problema crescente. Estudos realizados como o do IMIA (International Association of Engineering Insurers), confirmam que 20% dos sinistros em aerogeradores da Dinamarca durante os últimos 15 anos têm como origem a descarga de um raio. Por isso, a utilização de um sistema de deteção de trovoadas ajuda a reduzir riscos derivados deste fenómeno.

Se estiver interessado em saber mais informação sobre o nosso produto e em proteger as suas instalações, não hesite em entrar em contacto connosco, realizaremos um estudo personalizado.

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