A soldadura é um processo de fixação onde se realiza a união de duas ou mais peças, geralmente metálicas. Para conseguir uma união destas peças o mais comum é a utilização de um material de aporte na zona de conexão que, ao fundir e arrefecer, consegue uma união permanente.
Existem diferentes tipos de soldaduras e diferentes formas de as classificar. Uma delas é diferenciando se as peças a soldar se fundem ou não ao aplicar o material de aporte.
Vantagem da soldadura exotérmica Apliweld® Secure+ vs soldadura Brazing
A soldadura brazing inclui-se dentro dos processos de solda onde as peças a soldar não se fundem com o material de aporte.
Para fundir o material de aporte aplica-se calor forte, e este material difunde-se por capilaridade entre os materiais a soldar. Ao arrefecer produz a fixação que proporciona a soldadura.
Este tipo de união serve para unir uma grande quantidade de metais e ligas, mas implica certos riscos laborais e de procedimento a ter em conta.
A soldadura exotérmica implica a fusão das peças a soldar. O material de aporte é neste caso o cobre fundido que funde total ou parcialmente os extremos das peças a soldar.
Desta forma produz-se a união molecular perfeita dos materiais, ou seja, igualam-se ou melhoram as propriedades elétricas dos próprios condutores na zona de conexão.
Assim, a primeira diferença a favor da soldadura exotérmica provém diretamente das propriedades elétricas que proporcionam a união.
Uma segunda vantagem está relacionada com o equipamento necessário. Em brazing necessitamos de uma fonte de energia potente como um maçarico ou um soldador elétrico.
Além do consumo de energia que implica realizar a união, a própria fonte utiliza materiais inflamáveis como o acetileno (de utilização comum) ou gases de alta combustão como o propano. A utilização deste tipo de gases implica um alto risco de incêndio, explosão e outros perigos derivados da sua utilização e armazenamento, tal e como indica a Agência Executiva para a Saúde e Segurança do Reino Unido:
- Incêndios e explosões resultantes da libertação de gases inflamáveis por fuga
- Incêndios e explosões dentro do equipamento causado por um flashback da zarabatana.
- Incêndios e explosões dentro do equipamento causados pela decomposição ou detonação do acetileno por ausência de ar ou oxigénio
- Queimaduras com o Maçarico, por material ou superfícies incandescentes
- Lesões oculares provocadas por partículas incandescentes
No caso de utilizar acetileno, quando este entra em contacto com alguns dos metais como o cobre pode formar acetílidos. Isto acontece maioritariamente quando a humidade está presente e pode chegar a despoletar ou iniciar a decomposição de acetileno.
Pelo contrário, a soldadura exotérmica, não requer praticamente energia para levar a cabo o processo. Apenas uma tensão mínima para iniciar. Uma vez em marcha, o processo obtém por si mesmo a energia necessária para acontecer com êxito.
Portanto em comparação, o processo de soldadura exotérmica não requer praticamente energia externa para a sua realização, além de que este pequeno aporte obtém-se de maneira mais simples e segura.
Existem outras diferenças não menos importantes na hora de decidir o sistema de soldaduras a utilizar nume rede de terras e que também tornam mais recomendável a soldadura exotérmica perante o brazing:
- O material de aporte em brazing depende dos condutores a soldar. Não é o mesmo soldar duas peças de cobre, ou peças de cobre a aço. Em soldadura aluminotérmica utiliza-se sempre o mesmo composto.
- A dificuldade de uma boa conexão e o tempo de execução aumenta muito no brazing conforme maiores são os condutores a soldar, enquanto que na soldadura exotérmica o procedimento é praticamente igual. Além disto a soldadura a cabo de cobre nu é complicada com brazing.
- No geral, a preparação necessária de um operário é mais especifica em brazing já que a limpeza, os conhecimentos e as próprias soldaduras são mais difíceis de realizar.
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